23 de maio de 2009

Primeira vista.



Inicio aqui com as seguintes perguntas: Quantas vezes por dia você pensa se é feliz?; Quantas vezes por dia você sorri por dentro e por fora ao mesmo tempo?; Quantas vezes por dia você consegue reconhecer que há motivos para estar feliz?

Existe uma diferença gigantesca entre estar feliz, parecer estar feliz e achar que deveria estar feliz, porém, estariam tais coisas separadas uma das outras?

Eu passo os dias com um pensamento recorrente na minha mente: eu deveria estar feliz. Mas até que ponto isso é saudável para mim? Muita gente diz que o primeiro passo pra ser feliz é reconhecer que existem motivos para tal em sua vida, mas e quando isso começa a ser uma obsessão? E quando a gente começa a não aproveitar as pequenas alegrias da vida tentando sentir internamente essa tal felicidade geral? Pra mim, e com certeza pra muitas outras pessoas, há motivos de sobra pra ser feliz, entretanto ao racionalizar um sentimento eu não o sinto, ou até o sinto, mas não o compreendo ou reconheço.

É difícil explicar, mas, será que a felicidade pode ser buscada? Será que ela pode ser encontrada em algum lugar específico? Eu não faço idéia! Começo, aos poucos, a entender que a felicidade é um estado de entrega, de "Lettin' go!", de aceitação.

Me pego passando horas e horas planejando o implanejável, tentando planificar mentalmente a imensidão de sonhos e realizações que busco na vida, sinto meus dias passarem e nada ser feito, sinto, e esse é um dos meus piores sentimentos, que não tenho a capacidade de aproveitar inteiramente nenhum momento na minha vida!!

Sorrio à toda hora, conto piadas, dou risada de quase tudo e sem fingir( ao menos eu acho que não finjo), mas no fim da risada tem sempre a pergunta mental: Isso é felicidade? Estou mesmo feliz nesse momento? Mas é aí que acho que se encontra o erro, eu continuo tentando domesticar a selvagem felicidade, continuo tentando simplificar o sentimento mais complexo que conheço.

Preciso aprender a me deixar sentir tudo de verdade, me controlo o tempo inteiro, faço loucuras, que pra mim são atitudes banais, mas nem realmente me sinto um aventureiro ou coisa parecida. Às vezes me vejo inventando qualquer atitude incomum pra tentar sentir um pouco da liberdade feliz. Mas eu sou livre! Ou, ao menos, sempre pensei que fosse. Talvez eu tenha me prendido em mim, sei lá, talvez tenha tentado criar uma forma de me proteger do mundo mas acabei me impedindo de viver a vida.

De qualquer modo, continuo sem saber, continuo buscando não a compreensão, essa talvez seja impossível, mas ,quem sabe, a satisfação? Momentos, momentos, são de pequenos momentos felizes que conseguimos, ao menos, vislumbrar levemente o que é a felicidade. Então, decidi começar a tentar aumentar ao máximo a ocorrência de tais pequenos momentos felizes na minha vida. Vou sair por aí fazendo o que eu quero e o que me satisfaz sempre que puder!! Quem sabe assim não sinto de verdade o quanto eu sou feliz? Não é “despirocar”, nem sair praticando vandalismos por aí, mas, sim, sair preenchendo os dias e noites com prazerosos momentos de alegria genuína. Amanhecer na praia, tomar banho de chuva, virar a noite papeando com os amigos mais queridos, ajudar a um estranho, dar aquele abraço na pessoa que você sempre quis mas nunca teve coragem, qualquer coisa BOA que me traga o sentimento de felicidade é válido.

Não existe fórmula, claro, nem muito menos a felicidade é sentida da mesma forma por um e pelo outro, mas, na minha vida, eu vou fazer a mudança, eu vou tentar, e acho que isso já é mais que suficiente. Tentemos!!!


__________________________________________________________________

Caros leitores,


Minha primeira postagem já evidencia alguns traços marcantes em meus pensamentos: sentimentalismo, personalismo e claro inconstância ou, talvez, mutabilidade. Não quero que me tenham com alguém apegado demais à coisas transcedentais ou abstratas, apenas terei sempre uma visão mais sentimentalizada dos fatos. Ou não. Vocês poderão ver também que, às vezes, parecerei outra pessoa escrevendo, isso também faz parte de quem sou. Então, espero que gostem do blog no geral e, quem sabe, das minhas postagens também!


Um comentário:

  1. È engraçado essa tua visão de felicidade. E boa. Acho que mostra bem o teu caratér. Certa vez li uma dessas frases cliches que combina bem com o que eu vejo: " A felicidade é como uma borboleta. Quanto mais você a busca, mais ela lhe escapa; mas quando você pára de persegui-la, ela vem e suavemente pousa em seu ombro”. Hoje em dia, não consigo mais definir felicidade. Sinto que felicidade está em cada momento vivido. Pra mim, é se fazer presente em todas as situações. Felicidade é tranquilidade, sorrisos e alegria. È dificil achar um termo, um conceito para felicidade. Ah, estou feliz hoje! Ou essa semana estou feliz! Devíamos relaxar, sem se preocupar se essa felicidade vai chegar ou não.Estando satisfeito consigo mesmo, com seu modo de ser,e fazendo as coisas que te dao prazer, ela é apenas uma consequência.

    ResponderExcluir