9 de junho de 2009

Aflição




Não estou afim de declarações de amor
Não estou afim de amor
Ou romantismo
Estou seco, mas molhado
Ensopado de AMOR
Mas não estou afim de declarações de amor

Penso que ainda não consigo encontrar a fórmula mais correta
A frase perfeita ou ,ao menos, aquela que expresse todo esse torpor
Toda essa inquietude
Que vontade de dizer coisas já cansadamente repetidas

WHATEVER
Foram-se embora minhas ganas de ser entendido
Não busco mais a auto-compreensão
Nem quero que ninguém me entenda ou aceite
Quero só conseguir falar e expressar tudo que me der vontade

Quero musicar os versos
Que comédia
Quero escrever bonito e falar coisas que eu mesmo admire depois
Será que não aprendi a esperar menos de mim mesmo?


Formosura de vida, tanta coisa na cabeça e nada no pensamento
Ou seria tanta coisa no pensamento e nada na cabeça?
É! Nada na cabeça e ao mesmo tempo tudo.
Todos
Saiam daqui um minuto que seja!!! Saiam TODOS!!!!
Não, alguns quero que fiquem, seja por remorso ou apego
Alguns eu não consigo querer que saiam
Mas deveriam sair pra que eu entrasse em mim um momento que seja.

Que vontade de me permitir me ter só pra mim.
Sem dividir
Sem me preocupar com mais nada, com mais ninguém
AFLIÇÃO

Começo agora a me exaltar por dentro
Vou chegando num estágio que começo a escrevrer coisas loucas
Sei lá, preciso só escrever sem pensar.
Penso o tempo todo, isso é insuportável

Voltando ao tudo, quero mesmo ficar só
Sozinho em minha existência, ao menos momentaneamente
Quero olhar pra minhas mãos e vê-las da minha maneira
Sem as luvas que vivo colocando por sobre a pele
Preciso dessa loucura de uma forma mais clara
Preciso parar de justificar coisas que eu sei que nem precisava
É como se o tempo inteiro eu queira caber onde simplesmente não caibo.


Folhas, é como se eu fosse uma folha toscamente presa a um galho
Louca pra cair ,ou ,quem sabe, pra continuar presa ao galho, mesmo no inverno
Mas antes de escolher o que eu quero eu penso nas outras folhas ao meu redor
Que saco, por quê meu galho tem tanta folha amada?

Uma pessoa que ama tanto queria amar menos?
É estranho, pois não me vejo sem amor.
Sem eles, sem elas, sozinho não seria nada.
Mas queria o equilibrio entre o eu e os outros.

Confusão na minha cabeça.
Agora já nem sei mas por que estou escrevendo, pra mim soa como baboseira
Mania de achar que preciso escrever preciosidades!

Quero andar por aí pensando em nada
Curtindo um pouco a nostalgia de não lembrar de nada.
Será possível??
Já imaginou por alguns momentos não lembrar de nada
Nem de quem eu sou.
QUE MEDO. SURTAR me apavora.

Parei, eu acho, não consigo mais organizar as idéias pra continuar.
Vem só surgindo palavras e vontades, nem mais desconexas, estranhas
Bizarras, às vezes.
Ah pretensão louca de ser fantástico ou admirável
No fim das contas, leio e não entendo nada, nem sei que ponto eu quis fazer
Ou a que ponto eu quero chegar
Não vejo esse texto sendo lido por ninguém de forma relevante
No sentido de virar eterno, já foi esquecido
Não me esqueça
Não me esqueça
Esquecido...



_________________________________________Visionário 2

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