3 de agosto de 2010

Trabalho.

Hoje bati um papo com uma amiga querida que mora longe, entrei no msn e ela veio conversar. Como sempre a gente tem uma afinidade grande e consegue se abrir com facilidade. Falamos um pouco de tudo, mas um assunto que nos tocou foi a necessidade de se sentir útil e a dificuldade de assumir seus sonhos sem sentir-se infantil ou imaturo.
Resolvi, então, escrever algo aqui. Não programei nada, nem tentei reunir idéias de uma forma lógica, simplesmente fiz o log in e comecei a escrever.
Vejamos. É de conhecimento geral que todos nós temos uma função social, quero dizer, nós temos que exercer algum papel na sociedade para sermos "normais". Ok. Mais do que isso, é preciso se sentir parte de algo. Eu pelo menos sinto essa necessidade. E o caminho mais lógico pra isso é através do trabalho. Mas e se o trabalho que você quer exercer não é economicamente satisfatório? ou não é aquilo que seus pais acham que você devia fazer? Ou não é um trabalho convencional?
É certo que trabalho pra algumas pessoas é prazer, pra outras é dever. Quero dizer, obrigação eu sei que é pra todo mundo. Mas alguns encaram o labor como simples forma de se sustentar. Às vezes odeiam o que fazem. Outros devotam uma vida pra isso mesmo sem amar. Outros amam. Então, diante dessas observações, parto do pressuposto de que só eu sei o que eu quero e devo fazer com minha vida. Só eu sei se vou encarar meu trabalho como obrigação horrorosa, ou como dever prazeroso. Só eu sei se vou acordar me sentindo um tolo por ter escolhido o caminho errado, ou o mais sortudo dos homens por poder fazer o que eu amo. Mas essa conciencia não tira a dificuldade. É difícil parar e decidir enquanto o mundo gira. É triste se sentir inerte frente as possibilidades. Sentir-se um peso morto dentro de casa. Sentir-se uma criança sonhadora que não consegue agir como aguém responsável. É engraçado como nós colocamos sobre os outros nosso próprios medos e angústias. Consigo observar que fiz muito isso. Coloquei sobre os ombros de meus pais a culpa pelo meu medo de fazer o que quero. De ser o que sou. É chegada a hora da mudança. Seja hoje ou amanhã. Começou nesse segundo.

Um comentário:

  1. é sempre mais confortante se arrepender daquilo que foi feito...deixar de tentar não é uma opção...siga em frente...o medo faz parte...todo mundo sente...nunca esqueça..o importante é ser feliz!

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